Motor com correia banhada a óleo é um problema? Muitos proprietários de veículos têm dúvidas sobre o funcionamento de motores com correia dentada banhada em óleo.
Na verdade, motores com correia dentada banhada em óleo são menos comuns, uma vez que a maioria dos motores utiliza um sistema separado de lubrificação para a correia dentada.
Uma correia dentada banhada em óleo desgasta-se mais rapidamente devido à lubrificação excessiva, levando a problemas de sincronização e até mesmo à quebra da correia.
Além disso, deve-se verificar regularmente o nível de óleo e a condição da correia dentada, e substituí-la conforme as recomendações do fabricante.
E, claro, hoje, na Oficina Perto, falaremos um pouco mais sobre o motor com correia dentada banhada a óleo.
Qual a vantagem da correia de distribuição banhada a óleo?
A inovação da correia de distribuição banhada a óleo, como a oferecida pela Dayco, representa um avanço em relação aos sistemas de distribuição tradicionais de automóveis.
Este sistema se destaca por várias vantagens que contribuem diretamente para a durabilidade e desempenho do motor.
Uma das principais vantagens dessa tecnologia é a redução do peso e do estiramento ao longo do tempo. Assim sendo, significa que o sistema de distribuição mantém sua precisão por mais tempo, garantindo que o motor funcione da maneira mais otimizada possível.
Além disso, a imersão em óleo diminui o atrito entre a correia e os componentes do motor. Essa redução no atrito melhora a questão energética, contribui para um funcionamento mais silencioso do motor.
Note, no entanto, que, ao contrário das correias dentadas tradicionais, que não podem entrar em contato com óleo devido ao risco de degradação e falha prematura, a correia banhada a óleo da Dayco é projetada para operar nesse ambiente.
A exposição ao óleo das correias tradicionais causará inchaço, deslizamento ou até mesmo rompimento, levando a falhas críticas do motor.
O que acontece se cair óleo na correia dentada?
Cair óleo na correia dentada terá várias consequências negativas para o funcionamento do motor e para a durabilidade da correia dentada.
O óleo é um lubrificante inadequado para a correia dentada, pois causa o inchaço ou amolecimento da borracha da correia. Dessa forma, leva à deterioração prematura da correia, resultando em um risco aumentado de quebra.
Além disso, o óleo reduz a aderência da correia às polias, resultando em deslizamento da correia e desalinhamento dos componentes acionados pela correia, como o alternador ou a bomba d’água.
Em casos extremos, o óleo na correia dentada causará a sua separação das polias, resultando em danos mais sérios ainda.
Portanto, deve-se sempre evitar que óleo entre em contato com a correia dentada, assegurando, assim, que qualquer vazamento de óleo seja corrigido prontamente para evitar danos ao motor e ao sistema de transmissão.
Qual Ford KA tem correia banhada a óleo?
Os modelos que contam com essa tecnologia no Brasil são: Ka e Ecosport com motor 1.5 Dragon de 2018 até 2021.
Pode lubrificar a correia dentada?
Não é recomendado lubrificar a correia dentada de um veículo. As correias dentadas modernas são projetadas para operar em condições de seca ou com lubrificação interna, e a aplicação de lubrificantes externos causará mais danos do que benefícios.
Lubrificar a correia dentada com graxa ou qualquer outro tipo de lubrificante resultará em acúmulo de sujeira, atrito excessivo, desgaste prematuro e até mesmo falha da correia.
Além disso, a lubrificação inadequada da correia dentada compromete a segurança e a confiabilidade do veículo, uma vez que a correia dentada desempenha impacto no funcionamento do motor.
Portanto, é sempre recomendado seguir as recomendações do fabricante do veículo e substituir a correia dentada conforme o intervalo de manutenção, sem lubrificá-la externamente.
Qual o barulho que faz quando a correia dentada está ruim?
Um barulho característico indica que a correia dentada está com problemas em um veículo. Quando a correia dentada está ruim ou desgastada, começará a produzir vários sons anormais que são indicativos de problemas.
Confira, abaixo, os principais deles:
Rangido ou chiar
Um som de rangido ou chiar é produzido quando a correia dentada está deslizando ou desgastada devido à falta de tensão adequada.
Batidas ou batidas
Batidas ou batidas metálicas ocorrem quando a correia dentada está solta ou desalinhada, causando impacto com outras partes do motor.
Zumbido ou assobio
Um zumbido ou assobio pode indicar que a correia dentada está deslizando sobre as polias devido à falta de aderência, causada por desgaste excessivo ou lubrificação insuficiente.
Ruído de arrasto
Um ruído de arrasto é ouvido quando a correia dentada está arrastando em outras partes do motor devido a danos ou desgaste.
Silvo ou chiado
Um silvo ou chiado agudo pode ser produzido quando a correia dentada está vibrando excessivamente devido a problemas de tensão ou desalinhamento.
Silêncio repentino
Em casos extremos, a correia dentada quebra-se completamente, resultando em silêncio repentino do motor e avaria grave do motor.
Qual a durabilidade da correia banhada a óleo?
A durabilidade da correia dentada banhada a óleo varia entre 60.000 a 100.000 quilômetros rodados.
Quais são os carros que não tem correia dentada?
Alguns veículos modernos foram projetados sem correia dentada, optando por outros sistemas de sincronização do motor para acionar as válvulas.
Os carros que não possuem correia dentada incluem aqueles que utilizam motores com tecnologia de distribuição variável, como os motores de comando de válvulas variável (VVT) ou motores com corrente de distribuição.
Esses sistemas de distribuição utilizam correntes metálicas em vez de correias de borracha, oferecendo uma vida útil mais longa e uma manutenção reduzida em comparação com as correias dentadas tradicionais.
Qual o melhor motor com corrente ou correia dentada?
A escolha entre um motor com corrente de distribuição ou correia dentada depende do tipo de motor, custo de manutenção, durabilidade e preferências pessoais.
Ambos os sistemas têm suas vantagens e desvantagens, e o que é considerado “melhor” depende muito. Por isso, preparamos as considerações abaixo:
Corrente de distribuição:
- Durabilidade: As correntes de distribuição tendem a ser mais duráveis do que as correias dentadas, devido à sua construção de metal resistente.
- Menor necessidade de manutenção: As correntes de distribuição requerem menos manutenção do que as correias dentadas, pois não precisam ser substituídas com tanta frequência.
- Maior custo inicial: Os motores com corrente de distribuição têm um custo inicial mais elevado devido à complexidade do sistema.
Correia dentada:
- Custo inicial mais baixo: Os motores com correia dentada têm um custo inicial mais baixo em comparação com os motores com corrente de distribuição.
- Manutenção programada: As correias dentadas devem ser substituídas regularmente conforme as recomendações do fabricante, geralmente a cada 60.000 a 100.000 quilômetros rodados.
- Risco de falha súbita: As correias dentadas falham se não forem substituídas no intervalo de manutenção recomendado.
Usuários reclamam sobre correia dentada banhada a óleo e seus problemas
O debate sobre a correia dentada banhada a óleo tem gerado diversas opiniões entre os usuários automotivos. A tecnologia, que promete reduzir o atrito, o peso e aumentar a durabilidade dos componentes do motor, tem sido recebida com expectativas mistas.
Abaixo, compilamos uma série de depoimentos que refletem a diversidade de experiências e pontos de vista sobre essa inovação.
Os comentários foram retirados de uma matéria da UOL.
Marcelo, por exemplo, expressou ceticismo em 13 de fevereiro de 2024, argumentando que a ideia de uma correia dentada imersa em óleo poderia ser considerada “propaganda enganosa”.
Ele questiona a viabilidade do material de borracha em contato prolongado com o óleo, sugerindo que, assim como um pneu pode se deteriorar sob essas condições, uma correia sofre um destino semelhante.
Por outro lado, Ana, uma engenheira mecânica, oferece uma perspectiva técnica, destacando que as correias dentadas banhadas a óleo são feitas de materiais especialmente projetados para resistir à degradação por óleo.
Ela menciona que a tecnologia patenteada usada nessas correias representa um avanço significativo na engenharia de materiais, permitindo que a borracha mantenha sua integridade e desempenho em ambientes oleosos.
João, um mecânico com décadas de experiência, compartilha sua observação prática, afirmando que veículos equipados com essa tecnologia apresentam, de fato, menos desgaste no sistema de distribuição e operam mais silenciosamente.
Ressalta, inclusive, a importância de avanços como esse para a manutenção de longo prazo dos veículos e a redução dos custos operacionais para os proprietários.
Lucas, um proprietário de carro que optou pela correia banhada a óleo durante uma revisão, relata satisfação com a mudança. Menciona uma melhoria perceptível na suavidade da operação do motor e expressa otimismo quanto à durabilidade a longo prazo, embora ainda esteja no início de sua experiência.
Finalmente, a discussão em torno das correias dentadas banhadas a óleo revela uma mistura de opiniões baseadas tanto em preocupações quanto em experiências positivas.
Enquanto alguns expressam dúvidas sobre a compatibilidade de materiais e a longevidade, outros apontam para o potencial de melhorias no desempenho e na manutenção dos veículos.
E então, mais alguma dúvida sobre como funciona a correia banhada a óleo?